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domingo, 29 de setembro de 2013

Santiago/Chile - Vinícolas - 3ª parte

Por Waleska Bruno

¡Hola! ¿Qué tal?

Nem vou dizer que passei um imenso tempo sem postar nada por aqui -  ai gente! - mas a faculdade me consome! Bem, vamos dar continuidade a minha aventura no Chile. No post passado, Santiago/Chile - 2ª parte/Hospedagem , eu falei sobre minha hospedagem. Neste  agora, falarei sobre os vinhos chilenos. 


Foto: Waleska Bruno


 Ao ir ao Chile, pus na minha listinha visitar vinícolas e, assim, sair da minha ignorância letárgica das bebidas alcoólicas e me aventurar na bebida preferida do Deus Baco, o deus dos vinhos e das festas na mitologia romana. Melhor lugar não poderia existir para fazer isso!  Afinal, o Chile é, sem dúvidas, o país da América Latina que possui os melhores vinhos tintos do mundo, elaborados com a uva Cabernet Sauvignon e Carménère. Mas a que se deve esse sucesso? Soube que um dos segredos do Chile para esse sucesso se deve à sua condição geo-climática, protegido pelo Oceano Pacífico à oeste e pela Cordilheira dos Andes à leste, o que permite os parrerais ficarem livres da praga que dizimou diversas plantações ao redor do mundo:  (a temida) Phylloxera.

No Chile, há várias vinícolas para serem visitadas e, certamente, cada qual é mais linda que a outra. Eu visitei duas vinícolas: a fofa e simpática da Undurraga e a imensa e super tecnológica da Concha y Toro. Nas duas vinícolas temos a oportunidade de conhecer a história da uva no Chile, o cultivo da uva, os cuidados, a colheita, o processo industrial, a apreciação, a degustação e, ainda, fazer comprinhas. Eu amei ter me aventurado no mundo dos vinhos, espero que gostem do meu post sobre essa minha experiência pelas vinícolas chilenas. Ao final, há dicas de apreciação, degustação, compra e armazenamento de vinhos. 
Beijos, W-B. ;)


Undurraga
Vinícola fundada em 1885.
O tour foi muito bom e valeu muito a pena. O guia era uma figura muito engraçada, ri e aprendi muito com ele. A região onde está localizada Undurraga, no Valle del Maipo, é linda e você tem a oportunidade de provar as uvas da parreira durante o passeio. Ao final, é oferecido 4 tipos de vinhos e alguns biscoitinhos de sal para degustação. Você ganha uma taça com o nome da vinícola de brinde e a loja da fábrica é excelente, ótimos preços e vinhos! Gente, foi a minha vinícola predileta! Foi em Undurraga que eu descobri o meu vinho preferido: o Late Harvest! Humm delícia!

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno
  
Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno



Foto: Waleska Bruno


Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno
 
Foto: Waleska Bruno


Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno

Concha  y Toro

Fundada em 1883.
É uma das maiores vinícolas do Chile. A visita aconteceu apenas em uma pequena parte da vinícola e não foi possível visitar a casa. Concha y Toro é um lugar bonito,  bem cuidado com jardins enormes. Durante o passeio, teve um guia da Concha y Toro que contou a história da família, da vinícola e da lenda do Casillero del Diablo, o guardião do vinho. No decorrer do passeio, foram feitas degustações. Em Undurraga são 4, já em Concha y Toro são apenas duas degustações (uma de vinho branco e outra de vinho tinto) e não tem biscoitinho, mas a gente também ganha de presente uma taça com o nome da vinícola! Há a loja da fábrica onde você pode comprar vinhos e outros artigos por um excelente preço.


Foto: Waleska Bruno


Foto: Waleska Bruno


Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno
Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Conheça a lenda do Casillero del Diablo
Fonte: www.youtube.com

Foto: Waleska Bruno
 

 Foto: Waleska Bruno

Dicas de como cuidar, apreciar, comprar e armazenar vinhos.

 g.jpg

Fonte: Para apreciar vinhos. Adriana Nicacio e Monique Oliveira. Isto é. 2011.

 
Beba com moderação!

ATENÇÃO:  RESPEITE OS DIREITOS AUTORIAS. NENHUMA PARTE DESTE POST DEVE SER REPRODUZIDA SEM A AUTORIZAÇÃO DO(A) AUTOR(A) E SEM QUE HAJA A CITAÇÃO DA FONTE.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Santiago/Chile - 2ª parte/Hospedagem

Por Waleska Bruno

¡Hola! ¿Qué tal?

Amigos, vamos dar continuidade ao nosso post sobre Santiago/Chile. Eu já falei um pouco no post Santiago/Chile - 1ª parte acerca dos meus critérios de escolha de onde vou ficar em uma dada cidade. Em Santiago, eu estudei um pouco o mapa e resolvi ficar no bairro da Providência, ao lado da ruas Pio Nono e Bellavista. Para mim, as duas melhores ruas, alegres e movimentadas. Optei por um apart hotel chamado de Chile Apart Bellavista, que se localiza ao lado do Pátio Bellavista onde tem maravilhosos restaurantes, banco 24h, agência de turismo, artesanato, teatro... Além disso, defronte ao Pátio Bellavista estava uma estação de metrô, a faculdade de direito e, a algumas ruas, La Chascona, uma das casas em que viveu Pablo Perudaum dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX, ganhador do Nobel de Literatura em 1971. A dona do apart hotel era muito simpática e atenciosa. Pedi um transfer na minha chegada com uma placa escrita com o meu nome e ao desembarcar no Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez lá estava o motorista, super atencioso, educado e com a plaquinha na mão. Fez um tour comigo pela cidade e me deu dicas de não andar só à noite, nem usar pulseiras ou colares dourados por causa de assaltos. Características positivas: o apart hotel era muito bonito, limpo, ótima internet, o condomínio tinha piscina e sala de ginástica. Características negativas: o apart hotel não oferece café-da-manhã (tão mal acostumada a ter sempre café-da-manhã prontinho p'ra mim, tive que me virar!) e não possuía ar-condicionado, só aquecedor. O item ar-condicionado me fez falta porque eu fui no verão, quente demais até para quem é de Fortaleza/Ce que nem eu! O solzão vai até tarde da noite no mês de janeiro. Mas o ventilador, embora fraquinho, pode me socorrer! Outro ponto negativo era que esses apartamentos possuem um dispositivo que corta a energia, então eu entrei no apartamento e nada funcionava. Pensei: "Nossa! O prédio está sem energia?". Alguns minutos até entender tudo: "Tem energia no prédio, só não tem no meu apart!" "Que treva!". Raciocina cabeça! Raciocina... Então, vi que havia um dispositivo que ficava na parede, então fui lá fuçar e a energia voltou! "Bem-vinda energia!" Como os turistas passam muito tempo fora e voltam muito tarde, esses apartamentos possuem um sistema para economizar energia. Concordo com esse sistema (sou a favor da natureza), mas a dona deveria ter me avisado, poxa! Bem, ainda ficaria lá de novo!  ;)


Espero que tenham gotado da minha dica! 
Beijos do bloguitcho W-B.


Bairro da Providência. Pio Nono e Bellavista
Fonte: https://maps.google.com.br/maps

Foto Montagem: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno

Foto: Waleska Bruno
ATENÇÃO:  RESPEITE OS DIREITOS AUTORIAS. NENHUMA PARTE DESTE POST DEVE SER REPRODUZIDA SEM A AUTORIZAÇÃO DO(A) AUTOR(A) E SEM QUE HAJA A CITAÇÃO DA FONTE. 

domingo, 21 de julho de 2013

Estudos no exterior - África do Sul


 Por Waleska Bruno

Olá, amigos!

Faz um tempinho que não posto nada aqui... Mil perdões! Tive um semestre (2013.1) muito difícil na faculdade, muitas leituras e dissertações. Bem, mas o que importa é que aqui estou. Trago-lhes uma ótima entrevista para vocês que pensam em fazer um intercâmbio no exterior em língua inglesa. Adivinhem onde? EUA, Canadá, Austrália... NÃO! África do Sul!! Vai dizer que você é mais uma daquelas pessoas que acham que na África, só há a mais pura pobreza, animais selvagens e tribos?  Não, nada disso! Vamos lá mudar nossos conceitos com a nossa querida entrevistada Beatriz Gondim que fez um intercâmbio na África do Sul! Antes, é claro, vamos conhecer um pouco da nossa entrevistada.


Conheci Beatriz Gondim na mesma instituição em que trabalho, por intermédio de uma amiga em comum, Simone Reis. Logo percebemos que tínhamos muito em comum: gosto pela dança, pelos estudos e VIAGENS! Beatriz  é uma simpática jovem de mais de vinte anos, possui graduação em administração de empresas e mestrado pela UFC, atualmente, doutoranda na UFPE. Sua dança predileta é a dança do ventre e já fez várias  e belas apresentações. Como falei, anteriormente, ama viajar. Em 2011.2, mergulhou de cabeça em um  interessante e belo intercâmbio em língua inglesa na  África do Sul. 

O blog W-B agradece sua preciosa e enriquecedora contribuição e deseja muito sucesso em todos os seus projetos! 

Foto arquivo: Beatriz Gondim
"Muitas pessoas me disseram: “a África?!” E a minha resposta era: “por que não?!”. Digo o mesmo! A experiência de um intercâmbio é incrível, por que não?! Permita-se!"  Beatriz Gondim

Para embalar a nossa super entrevista, a canção "Paradise" da banda Coldplay. Fonte: www.youtube.com.br

1. Você estuda língua inglesa a bastante tempo?
No total, sim. Uns 4 a 5 anos. Mas estudei, parei, voltei. Quando fiz o intercâmbio estava tendo aulas particulares.

2. O que a motivou a estudar essa língua?
No início, obrigação. Hoje, saber inglês é viver! É se comunicar com o mundo!

3. Quando e por que decidiu fazer um intercâmbio?
Eu rompi um relacionamento de quase sete anos e decidi que queria fazer a viagem da minha vida. Unir o útil (aperfeiçoar-me na língua) ao agradável (conhecer um lugar lindo e distante que, certamente, seria mais difícil de ir caso tivesse filhos, etc).

4. Quais foram os seus primeiros passos para realizar o sonho do intercâmbio?
O primeiro passo foi reunir informações em sites e blogs de viagem. De cara, queria ir a Nova Zelândia ou África. Não queria um destino usual e que tivesse muitos estudantes de língua  portuguesa.

5. O que a fizeram decidir pela agência pela qual viajou?
Na minha cidade, duas agências são mais fortes: a STB e a CI. Decidi pela CI por vários motivos: (1) a escola Good Hope Studies (coisa muito importante antes de decidir pela agência é decidir pela escola). Vale a pena ver os reviews de quem foi para cada escola, ver o que a escola oferece de curso e programação extra-aula. O serviço prestado é o da escola (a agência é apenas um intermediário). A localização da escola que eu escolhi ficava no Centro, muitas escolas ficavam no subúrbio (na África, o subúrbio é a região mais nobre e de difícil locomoção através de transporte público). (2) O preço e a forma de pagamento também foram importantes (na CI eu paguei um valor alto de entrada, mas parcelei o resto no cartão onde ainda ganhava milhas). A Stb não dava opção de parcelar no cartão.

6. Qual cidade você escolheu e por quê?
Eu escolhi Cape Town. A cidade fica na parte rica da África, África do Sul. A cidade é bem estruturada e tem muita coisa para se fazer: restaurantes, montanhas, pubs, mercados, etc.

7. Você preferiu casa de família ou residência? Por quê? Foi uma boa escolha?
Eu preferi casa de família. Achei que seria mais seguro na África do Sul e quando cheguei lá pude confirmar esse pré-conceito. As residências estudantis lá hospedam pessoas que estão de passagem, além dos estudantes. E os banheiros são compartilhados com cada 2 quartos, eu não achei seguro. Não recomendo para quem viaja só. Quanto à hospedagem em casa de família, a minha host mother não era nada bacana, era mesquinha e a comida era horrível. Ela achou ruim eu tomar dois banhos ao dia e me chamou a atenção, mas eu reclamei na escola e tudo se ajustou. Foi bom reclamar na primeira semana, pois eu teria apenas um mês na África do Sul e, na verdade, eu não queria mudar. Poderia sobreviver à comida dela. Mas não queria abrir mão dos meus 2 banhos. A localização da minha casa era no Sea Point, 15min da escola, um bairro muito bom, cheio de restaurantes e seguro para andar a pé. Eu passava muito tempo fora, quase não encontrava com ela. Valia muito a pena continuar lá. E assim foi.

8. Qual foi a escola que você escolheu e qual o programa de estudo?
Eu escolhi a Good Hope Studies e fiz o curso regular de inglês. Mas a escola oferecia preparatório, cursos com trabalho voluntário com animais e crianças, etc.

9. Quanto tempo passou estudando fora? Foi proveitoso?
Eu passei 1 mês. Foi extremamente proveitoso!! Faria tudo de novo!! Quero voltar um dia!

10. Liste alguns pontos positivos e negativos da cidade que você escolheu.
Pontos positivos: a cidade é a mais linda que eu já conheci na vida, rodeada por natureza. Todos os dias eu senti esse contato! O custo de vida é muito barato, eu dividia tudo por quatro para ter o valor em real. A cidade é bem estrutura, fácil de locomover, oferece muitas opções de lazer: praias, shopping, restaurante, pub, é possível conhecer algumas vinícolas, praticar esporte radicais, etc.
Pontos negativos: se você quiser fazer um safári radical não terá isso próximo à Cape Town. A África do Sul é mesmo um país mais desenvolvido dentro do continente. Você tem algumas opções muito legais como uma rota de 3 (três) dias que eu fiz (Garden Route), onde você visita uma grande reserva e vê muito animais. Mas safári mesmo, mais selvagem onde você fica esperando os animais aparecerem e se hospeda dentro da reserva, fica mais distante de Cape Town. Neste estilo, recomendo o Krueger Park.
Eu não tive muito tempo e estava viajando sozinha, mas se tivesse mais tempo e estivesse em grupo, teria tirado uma semana sem aula para fazer o Krueger Park ou as reservas na Namíbia.

11. Liste alguns pontos positivos e negativos da escola que escolheu.
Pontos positivos: todos! Excelente material, ótimos professores, salas com número de alunos reduzidos, ótima localização (centro), diretores e pessoal de apoio muito solícitos, café e chá à disposição. A escola também era muito organizada com horário e calendário. Adorei as aulas lúdicas: tivemos aula de campo no museu de arte natural e assistimos a uma final de jogo de rúgbi em um pub (isso foi uma loucura, minha gente! Era como se fosse uma final da libertadores, por exemplo).
Pontos negativos: a internet da escola era péssima, mas isso era em todo canto da África do Sul, nem posso dizer que era somente na escola. A escola tem convênio com uma empresa petrolífera da Angola e recebe muitos alunos de língua Portuguesa. Mas isso é tranquilo, é só evitar falar Português com os colegas.

12. Fale-nos sobre as diferenças culturais.
Eu não senti tanta diferença cultural, até por que convivi mais com meus colegas intercambistas. O que pude perceber é que os sul africanos são pessoas muito solícitas e calorosas. De forma geral, a cidade é segura, mas é preciso evitar certos locais e horários, e tomar cuidado com os pequenos furtos, assim como no Brasil. A pobreza é grande. E é bem evidente que os melhores trabalhos estão com brancos e os piores com os negros. A herança do apartheid ainda é remanescente e triste.
A primeira língua não é o inglês, é o Africâner. Além dos dialetos. Eu tinha alguma dificuldade para entender o inglês falado por algumas pessoas mais humildes. Alguém assistiu “invictus”? Assistam, este é o inglês falado na África do Sul!
Outra coisa que percebi é que existe uma presença grande de muçulmanos e judeus na cidade.
 
13. Deixe-nos uma mensagem para aqueles que sonham em estudar no exterior.


Intercâmbio não é só estudo, é aprender outra cultura, é comer, ter novas experiências, é viver, isso é o que nós levamos desta vida. Eu faria tudo de novo! Muitas pessoas me disseram: “a África?!” E a minha resposta era: “por que não?!”. Digo o mesmo! A experiência de um intercâmbio é incrível, por que não?! Permita-se!




Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim



Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim


Foto arquivo: Beatriz Gondim



ATENÇÃO:  RESPEITE OS DIREITOS AUTORIAS. NENHUMA PARTE DESTE POST DEVE SER REPRODUZIDA SEM A AUTORIZAÇÃO DO(A) AUTOR(A) E SEM QUE HAJA A CITAÇÃO DA FONTE.

domingo, 3 de março de 2013

Santiago/Chile e Buenos Aires/Argentina - 1ª parte

Por Waleska Bruno

¡Hola! ¿Qué tal?


Acho que já notaram que eu, ultimamente, tenho externado mais o meu interesse e amor à cultura latino-americana. Como todos sabem, sou brasileira, latino-americana e amo esse maravilhoso fato. A verdade é que depois que eu conheci um pouquinho da América do Norte, comecei a ter uma imensa vontade de conhecer os países da América Latina, então, para viabilizar este sonho, resolvi começar conhecendo um pouco sobre dois encantadores países latino-americanos: Argentina e Chile. Tanto o post sobre o Chile quanto o da Argentina serão divididos em várias partes, com o intuito de eu não pecar com a falta de compreensão, ok? Vou começar escrevendo sobre o Chile. A primeira parte será sobre como tudo começou e meu planejamento. Se tiverem questionamentos é só deixarem um recadinho no próprio post. Perguntas estritamente pessoais, do tipo se eu estava acompanhada ou não, não serão respondidas.


Espero que gostem do post e um grande beijo a todos que curtem este blog W-B.



Foto colagem: Waleska Bruno


Como tudo começou

Lá estava eu em um dia monótono e chato de agosto/2012, quando, de repente,  me veio à mente a vontade de planejar e realizar uma nova viagem internacional. Mas para onde? Quando? Por quanto tempo? Indecisões e dúvidas são comuns à espécie humana, mas são duas palavras que possuem poucos e breves suspiros em mim. Em poucas horas, respondi as minhas próprias perguntas através de uma outra pergunta: Que tal realizar meu sonho de começar a conhecer um pouco a minha amada América Latina através de Buenos Aires/Argentina, em janeiro de 2013, por 10 dias? Como se não me bastasse, outras perguntas atropelaram essa última. Ué, 10 dias em Buenos Aires?! E o Chile que fica logo ali coladinho à Argentina? Por que não dar um pulinho lá? A minha ida ao Chile nasceu da minha não vontade de passar todos esses 10 dias somente em Buenos Aires. Então, por que não passar 5 dias em Buenos Aires e 5 dias em Santiago/Chile? Ótima ideia, eu pensei! Uma vez decidida de tudo, foi só planejar e executar.

Planejamento


Não contratei agência de turismo para auxiliar-me em absolutamente nada. Gosto mesmo é de planejar e executar eu mesma todo o passo a passo de uma viagem. AMO muito fazer isso. Bem, mas como fiz tudo? Vamos lá!

a) Primeiramente, certifiquei-me sobre a necessidade de visto e vacinas para fazer a imigração como turista tanto na Argentina quanto no Chile. Nesses dois países, não há a necessidade de visto e de vacinas, ambos fazem parte do MERCOSUL bem como o Brasil.  Como sou brasileira, então, para mim, basta o passaporte ou a carteira de identidade. Recomendo que se certifiquem, antes, das necessidades de visto, vacinas e quaisquer outras exigências que o país o qual pretendem visitar exija, ok? ;) 

b) Segundo, defini o período da viagem. Janeiro de 2013, 10 dias de férias.

c) Terceiro, pesquisei voos e preços. Sugiro olharem os preços dos voos diretamente no site das  empresas aéreas internacionais do que nas nacionais, geralmente, são mais baratos. 

d) Quarto, procurei uma hospedagem. A primeira atitude que tomo é baixar da internet ou ver no google maps o mapa da cidade para qual eu estou indo. Depois, pesquiso sobre onde estão os pontos turísticos da cidade, em seguida, eu procuro um hotel, pousada, apart hotel ou albergue. Quatro itens são muito importantes para mim na escolha de um local para eu ficar durante a viagem, são eles: localização, segurança, limpeza e internet. Bem, aí vocês me perguntam por que esses quatro itens são mais preciosos e determinantes na escolha de um local para eu me hospedar. Sou um ser humano prático e objetivo. Gosto de ter as coisas ao alcance da forma menos complicada possível. A boa localização para mim é importantíssima, gosto de um local que seja próximo à paradas de ônibus, pontos de táxi, casas de câmbio, pontos turísticos e restaurantes. A segurança também é essencial, preciso sentir-me tranquila e confiante onde eu estiver hospedada. A limpeza é indispensável, coisas como mau cheiro, chão encardido, poeira... não dá para tolerar, afinal, você está pagando por no mínimo de higiene possível. A internet para mim é de extrema importância, não que eu seja viciada nela, é porque eu preciso de pelo menos 20 minutos de internet todos os dias para eu me comunicar com a minha família. Para mim, a internet é a forma mais barata e prática de fazer isso.  

e) Quinto, contratei um seguro viagem. Nunca faço viagem internacional sem contratar, antes, um seguro viagem. Por quê? Porque imprevistos acontecem e eu não acho que isso só aconteça com os outros, sou gente como qualquer outra pessoa.  Eu tenho uma consultora de seguros, então a minha consultora fez tudo para mim. Você pode procurar alguma dessas seguradoras ou ir a uma agência de turismo que eles fazem isso por você.

f) Sexto, defini meus passeios. Essa é uma das partes que eu mais gosto de fazer. Primeiro, comecei lendo sobre a história da cidade de Santiago, depois acessei um desses sites de viagem e vi a programação turística que a empresa faz para lá, em seguida, pesquisei na internet uma empresa de turismo que fizesse isso por mim lá mesmo em Santiago, após comprei os passeios pela internet mesmo e outros quando cheguei à cidade.

g) Sétimo, translado. Eu me comuniquei com a responsável da minha estadia em Santiago e acertei por email o meu translado aeroporto/hotel. Quando desembarquei no aeroporto de Santiago/Chile, havia um motorista com um cartaz com o meu nome esperando por mim. Adorei!

h) Oitavo, câmbio e a moeda chilena.  Eu tomei um susto quando fui comprar o Peso Chileno, a moeda é cara! O custo de vida em Santiago é caríssimo! Não se iluda com aquela história que 1 Peso Chileno é igual a R$0,0048 centavos de Real. Não é assim que a moeda lá funciona. Tudo começa a partir de $1.000 Pesos Chilenos, quer dizer cerca de R$5,00 reais. Quer comprar um simples garrafinha de água? Desembolse $1.000 Pesos Chilenos, equivalente a R$5,00. Quer tomar um simples cafezinho? Custa só $2.000 Pesos Chilenos, igual a R$10,00 reais. Agora, eu entendo por que brasileiro ama ir aos USA. A moeda é mais cara, mas o custo de vida nos USA é mais barato. Quando eu estava nos USA, com um dólar, cerca de R$2,10,  eu comprava 4 garrafinhas de água. No Chile, eu preciso de R$5,00 para comprar 1 única garrafinha de água! O mais engraçado é que em nenhum blog ou site eu li sobre a moeda chilena e o seu altíssimo custo de vida. Fui pega de surpresa, adianto que passei por isso na Argentina também. Recomendo uma reflexão rápida sobre a troca de moedas, pois, para mim, é uma atividade, sincronicamente, fácil e difícil. É fácil quando se pensa: é só definir quanto você acha que vai gastar e depois procurar uma casa de câmbio e trocar o dinheiro. Mas acho esse pensamento muito simplório, porque, na realidade, é difícil estimar quanto você realmente vai gastar; e, não vale a pena voltar com esse dinheiro, isso é uma furada, você compra mais cara a moeda e se vendê-la, vendê-la-á por uma ninharia, revoltante! Então, a minha dica para o Chile é  levar de tudo um pouco: Real, Peso Chileno e cartão do banco de saque e crédito. Precisou de dinheiro, vai lá em um caixa rápido e saca só o que você precisa. Não se esqueça de que é necessário habilitar o cartão para uso no exterior.

Galera, aí está um pouco de como eu planejo as minhas viagens e como comecei a colocar em prática meu sonho de conhecer um pouquinho da América Latina. Não sei se essa minha estratégia de planejar viagens é a mais acertada, contudo tem funcionado para mim. Fique de olho nos próximos posts sobre o Chile, você vai gostar.
Beijo, W-B.

ATENÇÃO:  RESPEITE OS DIREITOS AUTORIAS. NENHUMA PARTE DESTE POST DEVE SER REPRODUZIDA SEM A AUTORIZAÇÃO DO(A) AUTOR(A) E SEM QUE HAJA A CITAÇÃO DA FONTE.

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